
Nos últimos anos, cresceu o número de jovens que, ao invés de procurar psicólogos ou psiquiatras, têm apostado em práticas como astrologia, cristais, tarô e meditação energética. Entre os universitários, principalmente da geração Z, esse movimento ganhou força.
Mas afinal, por que tantos estudantes estão trocando a psicologia tradicional por rituais alternativos? E será que essas terapias funcionam de verdade?
Ansiedade e a busca por respostas mais “emocionais”
A ansiedade é um dos transtornos mais comuns entre estudantes universitários. Provas, cobranças familiares, decisões de carreira e rotina intensa criam um cenário de estresse constante.
No entanto, muitos jovens relatam que o atendimento psicológico tradicional parece distante, técnico e até inacessível financeiramente. Dessa forma, terapias alternativas acabam se tornando um caminho mais acolhedor, flexível e emocional.
A conexão espiritual como forma de autoconhecimento
A astrologia, por exemplo, não promete curar ninguém. Mas oferece explicações simbólicas para padrões de comportamento, o que pode ser reconfortante para quem está em busca de sentido.
Cristais, banhos energéticos, incensos e mapas astrais ajudam esses estudantes a sentirem que têm algum controle sobre sua própria jornada.

Portanto, o valor está menos na comprovação científica e mais na sensação de pertencimento, ritual e acolhimento emocional.
Mas e a psicologia?
É importante destacar: rituais alternativos não substituem acompanhamento psicológico profissional, principalmente em casos de ansiedade crônica, depressão ou crises emocionais mais graves.
No entanto, muitos jovens estão combinando os dois caminhos — usando terapias alternativas como complemento emocional e espiritual à terapia clínica.
Como por exemplo, usar cristais para meditar, enquanto faz sessões regulares com psicólogo.
Redes sociais impulsionam o fenômeno
Parte desse crescimento se deve ao TikTok e ao Instagram, que popularizaram conteúdos sobre signos, rituais de limpeza energética, cristais e oráculos. Além disso, criadores de conteúdo da geração Z costumam tratar esses assuntos com linguagem acessível, memes e humor — o que aproxima ainda mais o público jovem.
Em suma, o misticismo virou uma linguagem emocional compartilhada entre muitos estudantes.

Há riscos?
Sim. Quando se abandona completamente o cuidado com saúde mental para seguir apenas métodos esotéricos, há risco de mascarar sintomas sérios.
Por isso, o equilíbrio é essencial. É possível meditar com ametista e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde com psicoterapia, boa alimentação e apoio social.
A geração Z está reinventando a forma de lidar com suas emoções. Entre cristais, astrologia e rituais, o que se busca não é mágica — mas acolhimento, significado e autonomia emocional. E isso, por si só, já diz muito sobre os tempos em que vivemos.
Busca um espaço tranquilo, individual e com boas vibrações pra viver a sua fase universitária com equilíbrio? Na WeStudy, você mora sozinho, mas nunca se sente só.