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Dólar: Brasil cai entre as maiores economias do mundo

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Apesar da expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2024, o Brasil caiu da 9ª para a 10ª posição no ranking das maiores economias globais. A principal causa foi a desvalorização do real frente ao dólar, que influenciou negativamente os números em dólares correntes. A previsão é que o país se mantenha nessa posição também em 2025.

Os dados são de um levantamento da Austin Rating, baseado nas projeções do FMI para o PIB dos países em bilhões de dólares e no câmbio médio estimado para 2024.

Embora o PIB só seja divulgado pelo IBGE em 7 de março, Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, destacou que a forte desvalorização da moeda brasileira no final de 2024 foi decisiva para que o Brasil perdesse a 9ª posição no ranking para o Canadá.

Impacto da desvalorização cambial

Em 2024, o dólar ultrapassou a marca de R$ 6 pela primeira vez, acumulando uma alta de 27% em relação ao real, a maior desvalorização da moeda brasileira nos últimos quatro anos.

“Embora o FMI tenha revisado para cima a expectativa de crescimento do PIB brasileiro de 3% para 3,7%, a desvalorização do real superou as previsões. O câmbio médio anual foi de R$ 5,39 por dólar, acima da estimativa de R$ 5,31 feita em outubro. Isso levou a uma redução de 17 bilhões de dólares no PIB brasileiro, enquanto a queda do PIB canadense foi de 11 bilhões de dólares”, explicou Agostini.

Apesar da perda de posição para o Canadá, o Brasil permanece à frente da Rússia no ranking.

Evolução do Brasil no ranking econômico global

O Brasil já foi a 7ª maior economia do mundo entre 2010 e 2014. No entanto, desde 2020, o país enfrentou oscilações no ranking, chegando a sair do top 10 em 2020, ocupando a 11ª posição em 2022. Em 2023, retornou à 9ª posição, mas agora caiu novamente para o 10º lugar.

Projeções do FMI para o PIB brasileiro

O FMI divulgou em janeiro de 2024 uma nova edição do relatório World Economic Outlook (WEO), no qual manteve a projeção de crescimento de 3,7% para o Brasil em 2024. Essa estimativa supera tanto a previsão do governo brasileiro, de 3,3%, quanto a do Banco Central, de 3,5%.

No entanto, as perspectivas para 2025 e 2026 são mais conservadoras. O FMI projeta um crescimento de 2,2% para o Brasil em ambos os anos, abaixo da média global, estimada em 3,3% no mesmo período.

A perda de posição reflete os desafios enfrentados pelo país em meio à desvalorização do real e às oscilações globais. Apesar do crescimento econômico projetado para 2024, a volatilidade cambial segue como um obstáculo significativo para consolidar avanços no cenário internacional.

Ainda assim, a expectativa de expansão do PIB brasileiro, acima de algumas estimativas internas, pode sinalizar um cenário mais positivo, desde que as condições externas e internas sejam favoráveis nos próximos anos.

Fonte: IstoÉ

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