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Direito do Trabalhador: Entenda a polêmica das demissões no Itaú

Produtividade, home office e impacto na cultura corporativa

Nos últimos dias, o Itaú Unibanco se tornou alvo de críticas após promover cerca de 1.000 demissões. A maior parte dos desligamentos envolveu funcionários em regime de home office ou modelo híbrido, o que levantou questionamentos sobre a forma como o banco lida com produtividade e monitoramento de desempenho.

Por que o Itaú demitiu

Segundo o banco, os funcionários passaram por um monitoramento de seis meses. Durante esse período, foram analisados indicadores como uso de ferramentas corporativas, registros de jornada e entrega de tarefas. O Itaú afirma que as demissões ocorreram após detectar baixa aderência ao trabalho remoto e problemas de conduta.

Além disso, o banco argumenta que todos os critérios estavam previstos em políticas internas assinadas pelos colaboradores. A instituição também reforça que a avaliação seguiu processos de compliance e que não houve arbitrariedade.

Reação de sindicatos e trabalhadores

Os sindicatos da categoria bancária reagiram imediatamente. Eles acusam o banco de realizar desligamentos sem aviso prévio e sem oferecer feedback ou oportunidades de correção de desempenho.
Além disso, questionam o nível de monitoramento digital e alertam para riscos de invasão de privacidade e adoecimento mental dos funcionários.

Outro ponto de crítica é o fato de o banco ter registrado lucro de mais de R$ 22 bilhões no primeiro semestre de 2025. Para os representantes sindicais, o resultado financeiro positivo deveria garantir estabilidade aos empregados, e não cortes em massa.

Impactos para a cultura corporativa

As demissões em larga escala afetam diretamente o clima organizacional. Funcionários que permanecem sentem insegurança e pressão para entregar resultados. Esse cenário pode aumentar o estresse, reduzir a motivação e até acelerar pedidos de desligamento voluntário.

Além disso, a imagem do Itaú como empregador atrativo pode sofrer. Profissionais de tecnologia e especialistas em trabalho remoto podem repensar candidaturas, temendo políticas rígidas de controle.

O que poderia ser diferente

Para reduzir o impacto de situações como essa, empresas podem:

  • Definir métricas claras de produtividade e compartilhá-las com antecedência.
  • Oferecer feedback contínuo antes de optar pelo desligamento.
  • Criar políticas transparentes de monitoramento, respeitando a privacidade do trabalhador.
  • Investir em saúde mental e suporte técnico para o home office.
  • Considerar realocação ou requalificação antes de demitir.

Em suma, o caso das demissões no Itaú revela um desafio comum a muitas empresas: equilibrar eficiência e responsabilidade social. A forma como esse processo foi conduzido acendeu um debate importante sobre home office, cultura de confiança e saúde mental no ambiente de trabalho.

Portanto, para manter a reputação e atrair talentos, o banco e outras instituições precisam adotar práticas mais transparentes e humanas. Afinal, a produtividade é essencial, mas o respeito ao trabalhador é o que sustenta uma organização no longo prazo.

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