
O uso indiscriminado de remédios para dormir tem preocupado especialistas. Dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp mostram um aumento de 34,9% nos casos de intoxicação por medicamentos como ansiolíticos, relaxantes musculares e indutores do sono.
Em 2023, foram registrados 103 atendimentos por intoxicação envolvendo esse tipo de medicamento. Já em 2024, o número saltou para 139 casos. E apenas nos primeiros três meses de 2025, o CIATox já contabilizou 48 ocorrências relacionadas ao uso desses remédios.
Segundo a neurologista e especialista em sono Tânia Marchiori, o uso prolongado de medicamentos para dormir sem supervisão médica pode levar à dependência química e aumentar consideravelmente o risco de intoxicação.
Além disso, a médica também alerta para outro comportamento perigoso: a mistura de medicamentos com bebidas alcoólicas, prática que potencializa os efeitos colaterais e pode ter consequências graves.
Uma mulher, que preferiu não se identificar, relatou que faz uso contínuo de clonazepam desde 1996, após uma tragédia familiar. O caso ilustra como o uso crônico desses medicamentos pode se estender por décadas sem acompanhamento adequado.
Especialistas reforçam que interromper o uso de ansiolíticos ou remédios para dormir por conta própria traz inúmeros riscos. Toda mudança no tratamento deve ter com orientação médica, para evitar crises de abstinência ou outros efeitos adversos.
Por fim, a conscientização sobre remédios é fundamental
O aumento nos casos de intoxicação por remédios para dormir mostra a necessidade urgente de mais informação e cuidado sobre o uso dessas substâncias. Se você ou alguém próximo faz uso contínuo de medicamentos controlados, procure orientação médica regularmente e nunca combine com álcool ou outros remédios sem prescrição.
Fonte: CBN Campinas e Bárbara Camilotti/EPTV Campinas*
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