Agendar visita

Menopausa precoce atinge 30 milhões de mulheres no Brasil

Veja sintomas, diagnóstico e tratamento!

A menopausa precoce afeta cerca de 30 milhões de mulheres no Brasil, de acordo com o IBGE. A condição ocorre antes dos 40 anos e apresenta os mesmos sintomas da menopausa natural. No entanto, por surgir de forma antecipada, costuma provocar um impacto emocional ainda mais intenso.

O caso de Shirley Motta

A enfermeira Shirley Motta, de 45 anos, começou a sentir sintomas aos 37: exaustão mental, insônia, fogachos e lapsos de memória. Contudo, o diagnóstico correto demorou anos para acontecer.

“Saía de todas as consultas com um remédio para tratar outras doenças”, relata Shirley. Apenas cinco anos depois, finalmente descobriu que estava na menopausa precoce.

O que é a menopausa precoce?

Segundo a ginecologista Eliana Teixeira, a condição acontece quando os ovários deixam de funcionar antes dos 40 anos. A principal diferença em relação à menopausa natural está na idade de início.

Enquanto a menopausa comum ocorre entre os 45 e 55 anos, a precoce pode surgir antes dos 40. Dessa forma, muitas mulheres são surpreendidas, já que não esperam passar por esse processo tão cedo.

Causas mais comuns

As razões para o desenvolvimento da menopausa precoce são variadas. Em muitos casos, a genética tem grande peso. Além disso, doenças autoimunes, tratamentos de câncer e mutações genéticas relacionadas à função ovariana podem antecipar a condição.

Outro fator é a exposição a toxinas ambientais. Do mesmo modo, o estresse crônico também está associado à falência ovariana precoce.

Sintomas da menopausa precoce

Os sinais são bastante semelhantes aos da menopausa natural. Entre eles estão:

  • ondas de calor e sudorese noturna;
  • insônia e dificuldade de concentração;
  • irritabilidade e alterações de humor;
  • queda da libido e ressecamento vaginal;
  • ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação;
  • ganho de peso, cansaço intenso e problemas de memória.

Portanto, se a mulher notar mudanças repentinas nesse sentido, é importante buscar avaliação médica.

Impacto emocional e social

Além de afetar a saúde física, a menopausa precoce costuma trazer forte impacto emocional. Muitas mulheres associam o diagnóstico à perda da fertilidade, o que pode gerar frustração.

A psicóloga Juliana Pereira explica que esse processo pode vir acompanhado de tristeza, ansiedade e até sentimentos de luto. Em contrapartida, quando há acompanhamento psicológico, a mulher encontra apoio para lidar com as mudanças.

Assim, o suporte emocional, somado à criação de redes de apoio, ajuda a reduzir o isolamento e fortalece o enfrentamento da condição.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da menopausa precoce nem sempre é simples. Isso porque muitas mulheres jovens não associam os sintomas à condição, o que acaba atrasando a descoberta.

De modo geral, o tratamento mais indicado é a terapia de reposição hormonal (TRH). Quando acompanhada corretamente, a TRH ajuda a reduzir sintomas e a proteger contra doenças cardiovasculares e ósseas. No entanto, a decisão deve ser individual, levando em conta histórico familiar e condições de saúde.

Além da reposição hormonal, exercícios físicos regulares e uma alimentação balanceada são fundamentais para melhorar a qualidade de vida.

Alimentação adequada na menopausa precoce

De acordo com a nutricionista Ronária Assis, alguns alimentos podem piorar os sintomas, como café, álcool, frituras e comidas apimentadas. Por outro lado, alimentos ricos em cálcio, vitamina D, fibras, ômega-3 e antioxidantes são grandes aliados nessa fase.

Entre os mais recomendados estão linhaça, chá de folha de amora, semente de abóbora, brócolis e inhame. Dessa forma, o organismo se mantém protegido contra a perda de massa óssea e contra o aumento do risco cardiovascular.

Ronária ressalta ainda que nem todas as mulheres podem ou desejam fazer reposição hormonal. Por isso, cuidar da alimentação e manter a prática regular de exercícios se torna ainda mais importante.

Créditos: reportagem baseada em entrevistas para o portal O TEMPO.

E então, curtiu o conteúdo? Para mais conteúdos como este, acesse WeStudy, uma rede social física!