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Obra da Netflix promete estar entre os melhores filmes de 2025

“Número 24” não é apenas um filme de guerra, mas um retrato profundo da natureza humana e dos ecos do passado que nunca se calam.

O cinema tem o poder de revisitar memórias ocultas, trazendo à tona histórias que o tempo tentou apagar. “Número 24”, dirigido por John Andreas Andersen e disponível na Netflix, é um drama de guerra que transcende a narrativa histórica para explorar as camadas psicológicas de um herói silencioso. Baseado na autobiografia de Gunnar Sønsteby (1918-2012), lendário resistente norueguês, o filme investiga os conflitos internos de um homem que, na velhice, encara as recordações de um passado que nunca o abandonou.

A jornada de um herói silencioso

O roteiro de Espen Lauritzen von Ibenfeldt e Erlend Loe nos leva à Noruega, onde o jovem Sønsteby percorre as paisagens nevadas de Rjukan. No entanto, a tranquilidade logo se desfaz com a ascensão nazista na Europa. A ocupação alemã, iniciada em 9 de abril de 1940, altera para sempre a vida do protagonista, que abandona seu cotidiano previsível para integrar a Resistência norueguesa. Seu codinome: Número 24.

Narrativa fragmentada e impactante

Andersen adota uma abordagem fragmentada para contar essa história, entrelaçando memórias e eventos decisivos. O filme se desenrola a partir de uma palestra ministrada por Sønsteby em sua antiga escola, um espaço simbólico onde o passado e o presente se confrontam. A montagem dinâmica permite uma imersão profunda na psique do protagonista, explorando suas convicções e os fardos emocionais que carrega.

Erik Hivju e Sjur Vatne Brean interpretam Sønsteby em diferentes fases da vida, trazendo nuances distintas ao personagem. O jovem guerreiro se debate entre lealdade e sobrevivência, enquanto o idoso enfrenta as consequências irreparáveis de suas escolhas.

Dilemas morais e traições irreparáveis

A resistência não foi apenas uma luta contra os nazistas, mas também um embate interno, marcado por escolhas dolorosas. O filme da Netflix expõe os dilemas éticos do protagonista, como a necessidade de tomar decisões frias para garantir a sobrevivência. Entre as memórias que retornam, destaca-se a traição de Erling Solheim, um amigo de infância que vendeu informações aos nazistas em troca de dinheiro. A introdução de um elemento fictício – uma suposta sobrinha-bisneta de Solheim – amplia a reflexão sobre culpa e redenção.

Netflix garante um final carregado de emoção

Por fim, nos momentos finais, o longa entrega um desfecho de grande impacto emocional. O silêncio das gavetas trancadas não significa esquecimento. Algumas dores permanecem vivas, pulsando sob a superfície do tempo. “Número 24” não é apenas um filme de guerra, mas um retrato profundo da natureza humana e dos ecos do passado que nunca se calam.

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