O termo “quilombo” tem origem no idioma dos povos “Bantu“, originários de Angola, e significa “local de pouso ou acampamento”. No Brasil Colonial, a palavra “quilombo” foi adaptada para designar o local de refúgio dos escravos fugitivos, denominados de “quilombolas“.
Os quilombos são comunidades autônomas, onde os escravos podiam viver livremente com suas próprias leis, costumes e tradições. Embora frequentemente atacados pelos senhores e pelo governo colonial, nunca desistiram de sua cultura e tradições. Após a abolição da escravidão continuaram a enfrentar desafios, como o preconceito, a pobreza e o isolamento.
Onde vivem os quilombolas?
Segundo a Fundação Cultural Palmares, existem 1209 comunidades quilombolas registradas no Brasil e 143 áreas quilombolas com terras tituladas. Atualmente todos os estados brasileiros, exceto Acre, Roraima e Distrito Federal, possuem quilombos. Os estados brasileiros com o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).
Tradições:
As tradições quilombolas são uma rica mistura de elementos africanos, indígenas e europeus.
- Religião: os quilombolas são predominantemente católicos, mas também praticam outras religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda.
- Música: a música, muitas vezes acompanhada da dança, é uma parte importante da cultura quilombola. Os quilombolas tocam uma variedade de instrumentos, como tambores, afoxés e agogôs. Eles também cantam uma variedade de músicas, que contam histórias sobre sua história, sua cultura e sua luta pela liberdade.
- Culinária: a culinária quilombola é determinada mais pela região onde eles estão do que por uma unidade étnica. Sendo uma mistura de elementos africanos, indígenas e europeus.
- Arte: produzem uma variedade de obras de arte, como pinturas, esculturas, cerâmicas e máscaras. Essas obras de arte muitas vezes refletem sua história, sua cultura e suas crenças.
Como é a educação nos quilombos?
A educação oferecida às comunidades quilombolas ainda é extremamente precária. Não há saneamento básico ou energia elétrica em muitas delas, além da distância das residências de milhares de estudantes. Também há um déficit de professores, os poucos profissionais não possuem formação adequada, dificultando ainda mais uma educação digna.
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