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SUS e cirurgia robótica: combate ao câncer de próstata

Confira a novidade!

O câncer de próstata atinge cerca de 68 mil brasileiros por ano e desperta preocupação, especialmente em homens acima de 50 anos. Nesse contexto, a chegada dos robôs cirúrgicos Da Vinci ao Brasil representou um marco: são 39 unidades espalhadas por hospitais, e Brasília se tornou a primeira cidade do Centro-Oeste a contar com esse avanço. Esse equipamento permite uma cirurgia com visão tridimensional e movimentos superprecisos — tudo isso com incisões mínimas, reduzindo sangramento e acelerando a recuperação.

2. Benefícios comparativos da cirurgia robótica

A técnica robótica oferece vantagens claras sobre procedimentos convencionais:

  • Menos invasiva e com alta precisão: reduz o trauma cirúrgico e permite preservar nervos que influenciam a continência urinária e a função sexual;
  • Recuperação mais rápida: internação até 48 horas, menos dor e retorno precoce às atividades;
  • Redução de efeitos colaterais: menor risco de incontinência urinária e disfunção erétil, com melhora significativa na qualidade de vida;
  • Segurança e melhor visualização: o robô filtra tremores, amplia o campo cirúrgico e melhora a ergonomia para o cirurgião.

3. Transparência no SUS: o que já acontece e o que está em pauta

Até agora, a cirurgia robótica ainda não está amplamente disponível pelo SUS. A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) ainda não aprovou sua adoção, em razão dos custos elevados e ausência de evidência oncológica superior às técnicas tradicionais.

Mas há movimentação positiva: o Instituto Oncoguia defende que o SUS pode incorporar essa tecnologia, diante dos ganhos funcionais e de qualidade de vida, especialmente ao reduzir o medo dos pacientes em relação à cirurgia.

Além disso, em Minas Gerais, onde o câncer de próstata tem alta incidência, o acesso à cirurgia robótica ainda é restrito ao setor privado — o SUS não cobre o procedimento, que chega a custar entre R$ 20 mil e R$ 35 mil.

4. Evidências de custo-efetividade no Brasil

Embora o investimento inicial seja maior, um estudo brasileiro com 205 pacientes demonstrou que a cirurgia robótica pode ser compensadora: teve duas vezes menos complicações de incontinência urinária e três vezes menos disfunção erétil, com custos dentro da realidade nacional.

Essa evidência reforça que, a longo prazo, a tecnologia pode oferecer melhores desfechos em qualidade de vida por valor compatível — um ponto crucial para a análise de incorporação pelo SUS.

5. Percorrendo esse caminho com esperança

  • Infraestrutura: capacitar mais centros e formar equipes especializadas é essencial para expandir o acesso;
  • Política pública: apoio a iniciativas como Pronon, Proadi-SUS e campanhas da Sociedade Brasileira de Urologia pode favorecer a adoção;
  • Cultura da prevenção: reduzir o tabú em torno do câncer de próstata e incentivar o diagnóstico precoce são passos fundamentais para viabilizar tratamentos mais modernos.

Em suma, a cirurgia robótica para câncer de próstata tem o potencial de transformar o tratamento no SUS — com menos dor, recuperação mais rápida e preservação da qualidade de vida. Ainda que não esteja amplamente disponível hoje, estudos mostram seu valor — e iniciativas crescentes apontam que o caminho para sua inclusão está se abrindo.

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