A Ticketmaster e sua controladora Live Nation enfrentam uma nova ação judicial nos Estados Unidos. A Comissão Federal de Comércio (FTC) e sete estados acusam as empresas de permitir o uso de bots e a revenda em larga escala, o que aumenta os preços e prejudica milhões de fãs.
Principais acusações
De acordo com a FTC:
- A Ticketmaster não aplicou os próprios limites de compra de ingressos.
- Revendedores adquiriram grandes quantidades de entradas para eventos populares.
- A empresa lucrou tanto na venda inicial quanto na revenda, o que incentiva o problema.
- As taxas cobradas podem triplicar, variando entre 24% e 44% do valor do ingresso.
“A empresa rotineiramente escolhe fechar os olhos para a violação dos limites de ingressos pelos corretores”, afirmou a FTC na denúncia.
Assim, os consumidores acabam pagando valores inflacionados e são forçados a disputar ingressos com robôs automatizados.
Impacto para os consumidores
Além de encarecer os preços, a prática gera frustração para os fãs que tentam comprar ingressos no lançamento. Entre 2019 e 2024, a Ticketmaster arrecadou cerca de US$ 11 bilhões em taxas, enquanto os consumidores desembolsaram aproximadamente US$ 16 bilhões no total.
Reação do mercado financeiro
Como consequência do anúncio, as ações da Live Nation caíram:
- 3,5% no pico do dia, maior queda intradiária desde 29 de maio.
- Às 11h39 (horário de Nova York), o papel seguia em baixa de 1,3%.
A Live Nation não se pronunciou até o momento.
Leis envolvidas no processo
A FTC afirma que as práticas da Ticketmaster violam:
- Lei da FTC, que proíbe condutas enganosas.
- BOTS Act, sancionada em 2016, que impede o uso de bots para compra em massa.
Além disso, a fiscalização aumentou nos últimos anos. Em março, a Casa Branca emitiu uma ordem executiva exigindo que a FTC priorize a aplicação da BOTS Act e entregue um relatório até setembro.
Casos anteriores
Por fim, vale lembrar que no mês passado a FTC processou um corretor de ingressos de Maryland por violar a lei ao comprar entradas para a Eras Tour, de Taylor Swift. A empresa se defendeu, alegando que a FTC interpreta a lei de forma excessivamente ampla.
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